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História da milagrosa aparição de São José a 8 de Março de 1871 à Irmã Maria Geltrude

No Convento de San Paolo das Irmãs Clarissas, na Toscana (VT), no ano de 1871, uma religiosa chamada Sor Maria Geltrude di Gesú Nazareno encontrava-se doente desde havia 3 anos, com um cancer considerado incurável. Imobilizada na cama, na manhã de 8 de Março, enquanto a comunidade religiosa participava na Santa Missa, a freira doente viu entrar na sua cela um homem. Estranhou pois a Regra do Convento dizia que um homem podia visitar acompanhado de uma outra Irmã, mas não sozinho, como agora sucedia.

A Irmã Geltrude perguntou quem era e o homem respondeu: "Sou o carpinteiro deste convento", e puxando uma cadeira (que vemos na foto) sentou-se ao lado da cama da doente. Então o homem perguntou à doente sobre o seu estado de saúde e a freira respondeu: "Dizem que tenho uma doença grave e que nada se pode fazer". Nisto o carpinteiro recomendou: "Confie em Deus" e pondo-se de pé saiu, tão silencioso como tinha entrado.

Enquanto conversava com ele a Irmã observou (como ela mesma declarou mais tarde) que o homem tinha olhos belos e as mãos tão brancas e delicadas que não pareciam as mãos de um carpinteiro.

No final da Santa Missa, a Irmã enfermeira regressou ao quarto e para sua surpresa viu a cadeira fora do lugar. Enquanto a recolocava perguntou quem a tinha deixado ali no meio, pois ela mesma, antes da Santa Missa, tinha deixado tudo em ordem. A freira doente respondeu: "Foi o carpinteiro do convento que acaba de sair". "O carpinteiro?!" perguntou e enfermeira espantada. "Mas ninguém pode ter entrado, a Madre Abadessa tem as chaves do convento". A doente respondeu: "Sim, ele sentou-se aqui e também me disse para confiar em Deus."...

Ao ouvir isto a freira enfermeira saiu a correr para procurar a Madre Abadessa, convencida que a doente estava a delirar.

Houve então grande agitação e nervosismo entre as freiras porque ninguém conseguia entender quem poderia ser o misterioso carpinteiro ou como podia ter entrado no convento.

A Abadessa sabia que a freira doente era muito devota de São José e que desde o inicio da doença rezava ao santo para que a curasse no dia de uma das suas festas.

Então, com muita fé, pegou nas duas cadeiras no quarto da doente, ajoelhou-se e começou a rezar: "São José, se realmente fostes vós quem veio esta manhã, fazei-me saber em que cadeira vos sentastes". Então uma cadeira moveu-se sem que ninguém lhe tocasse.

A Madre, seguida por todas as freiras, abraçou a cadeira, tremendo e chorando, e agradeceu a Deus por se ter dignado conceder à comunidade tão grande graça.

A freira que estava doente curou-se milagrosamente e viveu em excelente saúde, numa vida de oração e simplicidade. Faleceu de velhice a 1 de Abril de 1920, Quinta-feira Santa, aos 81 anos de idade.

São José, a quem Jesus tudo concede, rogai por nós.

São José salva religioso de se afogar no rio Mondego

Estando o venerável Fr. Tomé de Jesus estudando no Colégio dos Padres Agostinhos de Coimbra, em Portugal, foi um dia com outros religiosos banhar-se ao rio Mondego. Mas, tendo poucas forças e não sabendo nadar, começou a afundar-se, ao ponto de se ver na aflição de perecer afogado. Viram-no os religiosos e pondo-se de joelhos suplicaram a São José, de quem o jovem era devotíssimo desde criança, que o livrasse de tanto perigo. Ouviu o Santo a oração, e o jovem pôde chegar ileso à margem. Agradecidos por este prodígio, Fr. Luís de Montoya, que estava então levantando o Colégio de Coimbra, mandou se edificasse uma capela em honra de São José e nomeou-o patrono do Colégio, e Fr. Tomé de Jesus prometeu empregar toda a sua vida ao serviço de Deus e do Santo. Cumpriu a promessa tão bem que estando cativo em Marrocos, apesar de se ver desnudado, carregado de cadeias, faminto e açoitado barbaramente todos os dias, escreveu dois preciosos livros intitulados: Trabalhos de Jesus. Mas como? Com rara perfeição e sem mais ajuda que a oração e sem mais luz que a que entrava a certas horas do dia por umas frestas que havia no calabouço. Morreu a 17 de Abril de 1582, com grande opinião e fama de santidade.

A caneta de São José

A Congregação das Irmãs da Caridade de Nova York estava em dificuldades para manter o grande número de crianças órfãs internas. Solicitaram então ao governo uma subvenção para as despesas da casa. Essa subvenção dependia da aprovação do Senado, constituído em grande parte por não católicos. A Superiora em tão aflitiva situação, dirige-se a São José e pede-lhe a solução deste caso e, confiadamente, coloca nas mãos da imagem de São José uma caneta, dizendo: "Aqui ficará nas vossas mãos, São José, esta caneta até que o projeto seja assinado". Passou-se um mês. Numa tarde, as religiosas ouviram o barulho da caneta que caiu no soalho. A Superiora foi buscá-la radiante e disse: "São José ouviu-nos". E, de facto, uma hora depois, chegou um telegrama informando a aprovação da lei. Agradeceram a São José e consagraram-lhe maior devoção.

Fonte: Um mês com São José - P. Januário dos Santos

Fiel como ninguém na amizade


Conta S. Vicente Ferrer que havia na cidade de Valência, em Espanha, um mercador que todos os anos na festa de Natal costumava convidar para a sua mesa - em honra de Jesus, Maria e José - um menino, um homem e uma mulher, imaginando ver neles as três santas personagens de Nazaré. Morreu o mercador, e tendo por permissão de Deus aparecido a algumas pessoas, disse-lhes que à hora da morte fora consolado com a visita de Jesus, Maria e José, que lhe disseram: Visto que durante a vida nos recebeste em tua casa na pessoa de três pobres, vimos agora para te receber na nossa. E dito isto, acompanharam-no à glória eterna do Paraíso.
Procuremos nós também praticar atos de caridade e de delicadeza, procurando ver no próximo a pessoa de S. José, fazendo-os como se ao Santo fossem feitos.

P. Oliveiros de Jesus Reis

São José e a confiança dos pobres

São José e o "milagre da manteiga"

São José é um bom ecónomo. Toda a instituição ou obra entregue ao chefe e provedor da Sagrada Família, jamais perece. Poderá sofrer dificuldades mas a confiança no querido patrono a salva de todo o perigo. Uma congregação religiosa da Flandres, as Pequenas Irmãzinhas dos Pobres, conta o Pe. Millot no seu "Tresor d`istoires", nomeou São José provedor de todas as suas casas.
Estabeleceram um Asilo de mendigos e velhos. Um dia a Irmã da Dispensa notou que a manteiga já não existia nos potes. Naquela região é um alimento de necessidade e preferem passar sem pão que sem manteiga. Os velhinhos ficaram desolados. Haviam pedido tanto a São José que nada lhes deixasse faltar no Asilo, principalmente a manteiga! Alguns mais caducos faltavam mesmo à reverência ao Santo em queixas bem amargas. A boa Madre Superiora, alma simples e caridosa, não perdeu a confiança. Ao ver que nem o dinheiro nem a manteiga apareciam, imaginou um expediente devoto para tocar o coração de São José. Mandou que alguns velhos trouxessem da capela a imagem de São José e a transportassem em procissão entre velas acesas, até à dispensa. Lá colocam a imagem entre os potes de manteiga vazios e acendem duas velas. - Pois, diziam eles, São José não volta para a capela enquanto não nos socorrer! E puseram-se a rezar em grupos sucessivos ante aquele altar improvisado e original. Chega a noite e... os potes vazios! Alguns velhos de vez em quando olhavam curiosos para dentro dos potes e sacudiam a cabeça desolados: - Nada! Nada! São José não mandou até agora a manteiga! Julgavam que por milagre os potes se haviam de encher sozinhos. A noite veio e foram deitar-se sem manteiga. No dia seguinte, logo pela madrugada, acendem de novo as velas e recomeçam as orações e a guarda a São José entre os potes vazios. Mas abriram-se de manhã as portas do Asilo e um capitalista da cidade apresenta-se à Madre Superiora.
- Madre, venho aqui pela primeira vez. Não conheço o Asilo e vejo-me obrigado hoje a visitá-lo.
- Obrigado?! pergunta a religiosa algo surpreendida.
- Sim. Durante toda esta noite sonhei com esta casa, os velhos, e alguém me repetia: - é preciso visitar o Asilo! Depressa, visita o Asilo! E nisto passei toda a noite, em sonhos que me importunaram. Levantei-me e aqui estou.
Permita-me uma visita ao estabelecimento. 
A Superiora leva-o à capela, aos salões dormitórios, e demais dependências. Chegam à dispensa. Lá estavam os velhos em oração diante de São José e dos potes vazios.
- Que é isto, Madre Superiora?
- Os velhinhos imploram a São José um pouco de manteiga para os potes vazios. Desde ontem rezam incessantemente. O capitalista riu-se e depois algo impressionado:
- Agora compreendo porque sonhei tanto esta noite e porque me diziam : - é preciso visitar o Asilo! São José me trouxe aqui. Pois mandem encher os potes de boa manteiga e pagarei as despesas. Não deixem faltar manteiga aos bons velhos. Os velhinhos felizes, e as boas Irmãs de joelhos, agradecem o favor a São José.
- Agora, bom São José, já podeis voltar para a capela! Muito agradecido meu São José! - murmurou um dos velhos ingenuamente.

São José e Santa Terezinha

A devoção ao Santo Esposo de Maria era tradição na abençoada família de Santa Terezinha do Menino Jesus. Na "História de uma alma" escreveu a Santa: "Desde a mais tenra idade que em minha alma se confundiam o amor de São José com o da Santíssima Virgem".
Em suas poesias tão belas, ao falar da Sagrada Família de Nazaré, com que ternura recorda a humildade, o amor e a dedicação de São José! Zélia Guerin, a piedosa mãe da Santa, devotíssima do Santo Patriarca, a ele confiava todos os negócios e sofrimentos.
Deu aos filhos, os dois meninos que teve, o nome de São José: José Luís e José João Baptista. Ambos voaram para o céu em tenra idade. A esperança de um filho missionário desvaneceu-se. Todavia, continuaram os piedosos esposos a rezar e Nosso Senhor deu-lhes mais que um simples missionário - a Padroeira de todos os Missionários. Aos 2 de Janeiro de 1873 nasceu em Alençon a Terezinha. Pouco depois do Batismo a pequena definha e parece querer seguir o caminho dos anjinhos já partidos para o céu. O médico aconselha a procurar uma boa e sadia ama de leite como última tentativa. Esta ao chegar encontra a criança em lastimoso estado, e abana a cabeça - Pobrezinha! É tarde demais! Já não há mais remédio...
A pequenina lívida, com sinais de agonia.
Zélia subiu ao segundo andar e recolheu ao quarto. Não lhe sobravam mais forças para assistir à agonia de mais uma filhinha, e em tão pouco tempo. Todavia, não se julgou vencida, e ao contemplar a imagem de São José, seu querido protetor de todas as horas, caiu de joelhos e exclamou cheia de confiança: - Meu querido São José, eu não me dou por vencida! Sois o padroeiro das causas desesperadas, valei-me!
Desce. E que alegria inesperada! A criança toma o peito da ama. A felicidade foi momentânea. São José queria experimentar a confiança da sua serva. A Terezinha, após este sinal de vida, cai desfalecida novamente. Nem um sopro de vida. Zélia, banhada em lágrimas, suspirou resignada: Seja feita a vossa vontade, meu Deus! Meu São José eu vos agradeço a morte suave que permitistes ao meu anjinho!
De súbito, com geral estupefação, Terezinha abre os olhos, reanima-se e sorri para a mãe. A agonizante de há poucos minutos estava salva. São José fez o milagre.

A mensageira de São José

Num dos quarteirões de Paris residia uma família dotada de alguma fortuna. Um casal e a filha chamada Josefina. Viviam felizes, em prosperidade de negócios. Nada lhes faltava. Imprevidentes, gastavam quanto iam recebendo, sem economias para o futuro e sem cuidado na aplicação das rendas. Um dia caiu enfermo o chefe da casa e maus negócios levaram-nos rapidamente a uma extrema miséria. Deixaram o palacete confortável obrigados pelos credores e foram estabelecer-se em pobre mansarda num dos subúrbios longínquos da grande cidade. Os pobres velhos choravam abatidos e desanimados. Josefina, porém, não perdia a calma e o sorriso habituais. Era boa costureira e bordava com perfeição. Procurava trabalho e dia e noite não descansava. Saía cada tarde a entregar as peças e com o dinheiro recebido comprava o necessário para a casa. Muita vez, no entanto, pobrezinha, voltava de mãos vazias: passavam alguns dias sem alimento suficiente. Resolve procurar uma colocação onde possa contar com ordenado certo cada mês e com trabalho extraordinário e noturno, dar algum conforto aos pais. Entregou a sua causa a São José. O tempo vai passando. Sempre aquela vida atribulada e incerta, semeada de lágrimas, não raro de alguma fome. Aproximava-se a festa do Patrocínio de São José. A moça piedosa e devotissima do Padroeiro de todas as necessidades teve uma ideia original. Entra no quarto pobre, toma uma folha de papel e escreve uma carta a São José pedindo um emprego, um meio de ganhar a vida e sair daquela situação embaraçosa. Ingenuamente assina: Josefina de tal, residente em tal rua - bairro de Paris - costura, borda com perfeição.
Dobra a cartinha, amarra-a com uma fitinha, vai a uma gaiola onde trazia presa uma linda pomba, dependura-lhe o bilhete sob uma das asas, e solta-a dizendo: vai pombinha querida, vai para onde São José te mandar; hoje mesmo venha a resposta do céu. Era um gesto de ingénua e doce confiança no Patrono das causas mais desesperadas. E depois Josefina sentiu-se feliz e tranquila. Não invocara São José em vão. Poucas horas depois um carro pára defronte da porta da humilde mansarda.
Um senhor bem trajado e ainda jovem pergunta:
- Mora aqui a menina Josefina de tal?
- Sim, responde a jovem, sou eu mesma.
- Escreveu a menina este bilhete?
- Sim, e como o foi encontrar?
- Sob as asas de uma pomba que entrou no meu escritório e de lá não queria sair. Observei, trazia ela este bilhete, li-o e aqui estou. Sou devoto de São José. Resolvi abrir esta semana uma fábrica de roupas brancas e bordados. Faltava-me, porém, alguém para ensinar e dirigir as primeiras operárias. Pedi a São José que ma arranjasse. Providencialmente, entra-me a pombinha pelo escritório dentro, encontro este bilhete e venho a saber que aqui a menina Josefina e seus pais sofrem privações. Permita-me menina que lhe ofereça já uma quantia para solver os compromissos de que fala no bilhete, e quero desde já contratá-la para dirigir a minha oficina.
Os velhos pais choravam de alegria e da mais profunda gratidão.
- Como São José é bom! disseram todos juntos.
Em breve Josefina estava à frente das oficinas bastas, no centro de Paris.
O patrão pôs-se a observá-la e notou ser a jovem de fina educação, bondosa, modesta, rica de prendas.
E, de uma simpatia mútua chegaram ao noivado e ao casamento. Os negócios prosperaram. Voltaram os bons tempos de outrora. No lugar de honra do salão principal do palacete, foi colocada uma bela estátua de São José. E, aos pés da imagem, uma pombinha branca embalsamada, e em letras doiradas no pedestal : - "A mensageira de São José".


A graça de uma boa morte

Numa paróquia da Diocese de Lyon, em França, ficou sempre lembrado o exemplo edificante de um grande devoto de São José. Com a idade de 86 anos, em 1859, faleceu este bom velhinho como um predestinado. Devotissimo de São José, todos os dias pedia ao santo uma graça -  a de uma santa morte. Recitava nesta intenção fervorosas orações de manhã e à noite. Todas as quartas feiras jejuava e dava esmola aos pobres em honra de São José para alcançar a graça da perseverança final. A festa de 19 de Março cada ano era o seu encanto. Com que piedade a celebrava! Durante 50 anos jamais deixou um só dia de pedir a São José a graça de uma boa morte.
A 15 de Março de 1859 caiu gravemente doente. Pediu e recebeu com muita fé os últimos sacramentos. Comoveu a toda a família a piedade do bom velhinho. Disse então: - no dia de São José, no dia 19, mandem celebrar uma missa por minha intenção e quero que rezem aqui as orações dos agonizantes enquanto se celebrar a missa na Matriz.
À hora da consagração os sinos deram o sinal na torre e o velho levantou os olhos para o alto, cruzou os braços sobre o peito em forma de cruz e pronunciou distintamente: - Jesus! Maria! Meu São José! e expirou docemente, sem uma contração da face, como se dormisse. Morria no instante do "Memento" dos mortos. Era a recompensa dos cinquenta anos de oração perseverante a São José, pedindo uma boa morte. 

São José tarda mas não falta

Conta um missionário Redentorista, o Pe. H. Santrain, autor de um belo livro "Le Glorieux Saint Joseph", o fato seguinte: - Corria o ano de 1862, quando pregava um dia sobre São José, na missão de uma cidade, logo após o sermão veio procurar-me uma viúva muito queixosa e amargurada por um filho de vinte e cinco anos, dado à ociosidade e ao vicio. Havia feito uma novena fervorosa a São José para obter uma boa colocação já em vista para o moço. Para melhor obter a graça deixou a tibieza em que vivia, resolveu confessar-se e comungar, o que já não fazia havia vários anos, e preparou-se fervorosamente para a festa  de 19 de Março. Três dias depois da festa voltou ao missionário verdadeiramente desolada e aflita.
- Ó meu padre, V. Revma. pode pregar quanto quiser e a quem quiser que São José não recusa favor algum a quem lhe suplica, tanto no temporal como no espiritual. Quanto a mim, sou uma desiludida de São José. Pedi com tanta confiança e mil vezes a graça da colocação de meu filho. Nunca rezei e fiz tanto na piedade e com tamanha confiança...ai! e São José faz-me esta! Não rezo mais a São José. Não, mil vezes não! São José não me atende!
- Então, minha filha, que aconteceu?
- Meu filho ia ser colocado no emprego que tanto desejei e pedi para ele. Tudo estava já preparado. E na hora, rejeita, abandona, continua no vicio, na vadiação, e ainda pior do que antes. A pobre mãe soluçava:
- Ai! Meu São José! Não quisestes ouvir-me. Todos recorrem a São José e alcançam o que pedem. Só eu não sou atendida. Não creio no poder de São José para comigo!
O missionário calou-se um instante, e depois com energia: - Não seja ingrata nem fale assim como insensata, minha senhora. Pois não vê que São José atendeu o pedido? Não conseguiu o emprego? Então só porque seu filho recusa a graça, tem a culpa São José?! Cale-se, peça perdão a São José e volte a pedir-lhe humildemente a conversão de seu filho. A pobre mãe caiu em si, humilhou-se e voltou a rezar de novo ao Santo Patriarca. Na semana seguinte antes do final das pregações veio alegre dar a boa nova: - Meu bom padre, perdoe-me a queixa insensata de São José. Meu filho converteu-se, foi ele mesmo procurar o emprego e ainda felizmente o achou. Trabalha contente, é outro rapaz. Bendito seja meu São José! Hoje somos felizes eu e meu filho, graças à proteção de São José!


Padroeiro da boa morte

Um Bispo missionário irlandês, Monsenhor O.. Hair, esteve exercendo o seu apostolado durante muitos anos na África do Sul... Numa das suas habituais caminhadas perde-se. Não sabendo o que fazer, invoca o seu Anjo da Guarda, a São José e a Nossa Senhora do Bom Conselho, e segue o seu caminho completamente desorientado. Por fim, chega a um grupo de casas. Precisamente, um camponês está nesse momento trabalhando próximo de sua casa, e diz-lhe:

- Chega num bom momento, pois na casa vizinha há um homem que está a morrer.

O Bispo apresenta-se na casa do moribundo e, à sua vista, este põe-se a chorar de alegria, exclamando:

- Eu sou irlandês. Quando era criança, minha mãe ensinou-me a rezar a São José, pedindo-lhe a graça de uma santa morte. Rezei essa oração todos os dias da minha vida. Aos 21 anos, depois de ter participado na guerra, fiquei em África. Quando adoeci, rezei a São José ainda com mais fervor, e agora o bom São José manda-me um sacerdote de forma inesperada.

No dia seguinte, o doente morreu na paz do Senhor, havendo tido uma boa morte.

Ajuda do céu

Sucedeu em Shangai (China) em 1934. O advogado Lo Pa Hong, cristão fervoroso e pai de nove filhos, regressava a casa ao fim do dia e viu um homem caído no chão. Chamou um coolie para o levar ao hospital mais próximo, mas não o quiseram receber. Então, o bom samaritano pegou ele mesmo nele e levou-o para sua casa para ser cuidado. Mas, a partir desse dia, Lo Pa Hong começou a pensar em construir um hospital para doentes pobres. Conhece um cemitério abandonado que serve para depurar águas residuais. Aí, quando a noite cai, vão algumas mulheres para abandonarem os seus bebés, que depois serão despedaçados e devorados pelos cães. Compra o terreno e começa a construir; mas depressa tem que parar a construção por falta de fundos.

Encomenda-se então a São José e coloca a sua imagem no meio do terreno, pedindo-lhe que o ajude. Depois põe-se a pedir ajuda e recebe tanto dinheiro que pode não só terminar a construção do hospital como também continuar a construir mais hospitais, um orfanato, um lar para mulheres em risco, um centro para cegos, outro para inválidos, uma escola profissional para jovens, uma escola de artes e ofícios e trinta e três capelas por toda aquela região.

Além disso, como catequista, prepara e baptiza duzentas pessoas, algumas delas condenadas à morte e baptizadas antes da execução.


Lo Pa Hong parecia incansável e continuou a trabalhar até ao dia 30 de Dezembro de 1937. Aos 64 anos de idade morreu mártir da caridade, assassinado por dois homens contratados. Um santo do nosso tempo. São José permitiu-lhe realizar uma obra de caridade sem igual em pouco tempo.

Ajuda de São José

"Quem nas suas tribulações ou doenças do corpo ou do espírito recorrer a São José com confiança, alcançará o que pedir, pois ele é a consolação dos infelizes, a esperança dos enfermos, o terror dos demónios e de outros males... Isto testemunha-o uma sua devota que, sofrendo de sinusite crónica e com epistaxe (hemorragia nasal) frequente, obteve a cura desta doença. Estou muito grata ao nosso querido São José. Por isso publico esta graça, para que também vós recorrais sempre a ele, sem medo". 

Religiosa anónima
(Testemunho retirado da revista Cruzada, Janeiro 2012)

Socorro nos perigos

Santa Teresa de Ávila tinha a mais completa confiança em São José e afirmava com toda a certeza que nunca recorrera em vão ao seu poder.
Indo de jornada com algumas das suas freiras para fundar em lugar distante outro convento, surpreendeu-as a escuridão da noite numa floresta desconhecida.
O cocheiro metera a trote rápido; mas súbito ouviu-se uma voz forte e cheia de autoridade que exclamava: "Pare!" Como o homem não obedecesse imediatamente, a voz repetiu com mais força: "Pare!"
O cocheiro susteve os cavalos e só então viram que estavam à beira dum precipício. Alguns passos mais e ter-se-iam despenhado sem remissão.
Quiseram agradecer ao seu protetor, mas na verdade, a mata estava deserta e ninguém respondeu ao chamamento.
Santa Teresa disse então:
_ Não tenho dúvida que foi São José quem nos socorreu. Tinhamo-nos colocado debaixo da sua proteção e ele nunca deixa de ouvir os que o invocam.

São José facilita o estudo do latim a um estudante

Em certa aldeia, um piedoso jovem sentiu em si a vocação sacerdotal e decidiu consagrar toda a sua vida ao serviço do Senhor e à salvação das almas. Antes de entrar para o Seminário, no intuito de adiantar os conhecimentos de latim, começou a receber lições com o pároco da freguesia. Ao fim de pouco tempo, notou o sacerdote que o estudante tinha tal aversão pelo latim, que não fazia progressos nenhuns no conhecimento dessa língua. Chegou mesmo a desanimar do bom êxito dos seus esforços.
Depois de pensar no que deveria fazer, disse o pároco ao jovem: - meu caro amigo, não vejo outra solução para o teu caso senão esta: coloca-te debaixo da proteção de São José e pede-lhe que te dê o talento de que precisas, aliás nada poderemos conseguir sem ele. Às tuas preces juntarei as minhas orações. Anda, coragem. A oração perseverante é omnipotente.
O jovem seguiu os conselhos do sacerdote e começou as suas orações com a intenção que lhe fora recomendada.
A proteção de São José manifestou-se notavelmente. A memória do jovem fortificou-se, abriu-se-lhe a inteligência, e o rapaz bem depressa levou de vencida o estudo do latim.
Entrou para o Seminário e para quem parecia tão avesso ao trabalho intelectual, distinguia-se agora entre os colegas, tanto pela ciência como pela piedade. Os brilhantes estudos que fez foram motivo de ser convidado a reger as cadeiras de Dogmática e Moral. Mais tarde foi nomeado Vigário Geral, e aos seus sábios conselhos recorria o clero de todo o Bispado.
Mas o feliz protegido de São José não esqueceu o seu tão generoso benfeitor, e toda a vida manifestou por uma grande confiança a sua fervorosa gratidão a São José, ao Pai Putativo de Jesus.

Madre Teresa de Calcutá e São José

Dizia a Madre Teresa de Calcutá: "Confiamos no poder do nome de Jesus e também no poder intercessor de São José. Nos começos da nossa Congregação, havia momentos nos que não tínhamos nada. Um dia, num desses momentos de grande necessidade, tomamos um quadro de São José e colocámo-lo ao contrário. Isto recordava-nos que devíamos pedir a sua intercessão. Quando recebíamos alguma ajuda, voltávamos a colocá-lo na posição correta.

Um dia, um sacerdote queria imprimir umas imagens para estimular e acrescentar a devoção a São José. Veio ver-me para me pedir dinheiro, mas eu tinha apenas uma rupia em toda a casa. Hesitei um momento em dar-lha ou não, mas finalmente dei-lha. Essa mesma noite, voltou o sacerdote e entregou-me um envelope cheio de dinheiro: cem rupias. Alguém o tinha parado na rua e lhe tinha dado esse dinheiro para a Madre Teresa".

Ajuda de São José

Conta o Padre Manuel Nogueira, sacerdote jesuíta português, falecido no Brasil, fervoroso devoto de São José:

"Estávamos no dia 11 de Fevereiro, festa de Nossa Senhora de Lourdes. Era uma dessas manhãs frias de Dublin (Irlanda), onde em 1949 me encontrava a estudar Teologia.
Acordei pelas cinco da manhã com o ruído de madeiras a estalar. Depressa ouvi gritar: Fogo! Fogo! Saltei da cama e, através da janela do meu quarto, contemplei estarrecido as chamas a devorarem o pavilhão pegado ao meu. Alguns companheiros tentavam fugir pelas janelas e pela escada de incêndios e até mesmo deslizando pelos canos das goteiras. Vesti-me apressadamente e abri a porta para sair. Mas, uma baforada de ar quente e asfixiante, obrigou-me a fechá-la imediatamente. Abri a janela. Morava no terceiro andar e, portanto, saltar era impossível. A única possibilidade de escapar era aventurar-me a atravessar o corredor saturado de fumo quente. Respirei o ar fresco da janela, tapei o nariz e corri pelo corredor até atingir as escadas.
Já fora de casa, no jardim que rodeava o seminário, é que compreendi verdadeiramente a intensidade do incêndio. Um edifício de três andares era devorado pelas chamas. Que enorme braseiro! As faúlhas incandescentes pareciam um repuxo de fogo na escuridão da noite. O crepitar das madeiras, o ruir dos soalhos, o estilhaçar dos vidros, tornavam a cena ainda mais horrível.
As chamas iam alastrando e já devoravam o quarto pegado ao meu. Afastei-me um pouco para nem ver o fogo consumir o que tinha deixado no meu quarto. Afligia-me, sobretudo, perder os apontamentos, fruto de tantas leituras e de tantos anos de estudo.
Sempre recorri a São José em todas as dificuldades. Também naquele momento me voltei para ele, pedindo-lhe que poupasse às chamas tudo quanto tinha ficado no meu quarto.
Quando, momentos depois, regressei ao local do fogo, vi que os bombeiros, sem que eu lhes tivesse feito qualquer pedido, acabam de mudar a direcção no ataque ao incêndio. Dirigiram as agulhetas precisamente para o meu quarto e com tão bom resultado, que conseguiram livrá-lo das chamas.
Quando, após o fogo, fui ver o meu quarto, pude sentir, ainda mais, a especial protecção de São José. Tinha ardido a porta, mas o quarto estava intacto, embora enegrecido pelo fumo. Tudo o resto se encontrava em bom estado, como eu tinha pedido a São José. Nada havia ardido.
Muitos dos meus companheiros, a começar pelo que vivia junto de mim, ficaram com os quartos inteiramente carbonizados.
Recordei então o que escreveu Santa Teresa de Jesus:
"Tomei por meu advogado e senhor o glorioso São José...Não me lembro de até agora lhe ter pedido coisa alguma, que ma deixasse de fazer. São espantosas as graças e mercês que Deus me concedeu por meio deste bem-aventurado santo, os perigos de que me livrou, tanto da alma como do corpo. Aos outros santos parece que lhes deu o Senhor a graça para socorrer nalguma necessidade particular; deste glorioso santo sei, por experiência, que socorre em todas".

São José com o Menino

(Texto publicado na Revista Cruzada de Março de 2014)
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