A maior glória de São José, a mais rica pérola do seu diadema, o título e privilégio que o faz o maior dos Santos é o de Pai do Filho de Deus humanado.
Todos os Santos, escreveu Gerson, se gloriam de serem chamados servos de Deus, servos de Jesus Cristo.
São José, e só ele, foi chamado Pai do Salvador, Pai de Jesus Cristo.
Entre os títulos de glória do Santo, este é sem dúvida o maior.
O povo, diz o Evangelista, tinha José por pai de Jesus. Estava na idade de trinta anos e todos o tinham por filho de José.
Assim dizia e julgava o povo ignorante do adorável mistério da Encarnação do Verbo.
Diz o Evangelista, observa Santo Agostinho, que o povo tinha a Jesus por filho de José, julgando ter ele nascido como os demais homens e assim falava de Jesus como filho de São José.
Todavia, comenta o Padre Cantera, não só o vulgo ignorante chamava a José de pai de Jesus.
Os Evangelistas, que narraram e conheceram o mistério da Encarnação e a Divindade de Jesus, chamavam a José pai de Jesus. Admiravam-se seu Pai e sua Mãe do que se dizia d’Ele.
Iam os Pais de Jesus todos os anos a Jerusalém. Ficou Jesus em Jerusalém sem que o soubessem seus Pais.
E Nossa Senhora ao encontrar Jesus no templo, lhe diz: Eis que teu pai e eu cheios de aflição te procuramos.
Sempre no Evangelho, S. José chamado e considerado Pai de Jesus. E Jesus mil vezes o havia de chamar Pai, e a ele esteve sujeito e obediente trinta anos desde Belém.
São José, pois, é e deve ser chamado Pai de Jesus, Pai virginal, não Pai carnal e segundo a geração humana, porque Maria Imaculada concebeu e foi Mãe de Jesus por obra e graça do Espírito Santo. São José é a sombra do Eterno Pai, a imagem do Pai de quem procede o Filho, Jesus Cristo. Não devia pois ser chamado Pai de Jesus? Pai putativo, genealógico, jurídico ou legal, adotivo, eletivo, nutrício, virginal, afetivo e de ofício de Jesus Cristo.