Conta o Padre Manuel Nogueira, sacerdote jesuíta português, falecido no Brasil, fervoroso devoto de São José:
"Estávamos no dia 11 de Fevereiro, festa de Nossa Senhora de Lourdes. Era uma dessas manhãs frias de Dublin (Irlanda), onde em 1949 me encontrava a estudar Teologia.
Acordei pelas cinco da manhã com o ruído de madeiras a estalar. Depressa ouvi gritar: Fogo! Fogo! Saltei da cama e, através da janela do meu quarto, contemplei estarrecido as chamas a devorarem o pavilhão pegado ao meu. Alguns companheiros tentavam fugir pelas janelas e pela escada de incêndios e até mesmo deslizando pelos canos das goteiras. Vesti-me apressadamente e abri a porta para sair. Mas, uma baforada de ar quente e asfixiante, obrigou-me a fechá-la imediatamente. Abri a janela. Morava no terceiro andar e, portanto, saltar era impossível. A única possibilidade de escapar era aventurar-me a atravessar o corredor saturado de fumo quente. Respirei o ar fresco da janela, tapei o nariz e corri pelo corredor até atingir as escadas.
Já fora de casa, no jardim que rodeava o seminário, é que compreendi verdadeiramente a intensidade do incêndio. Um edifício de três andares era devorado pelas chamas. Que enorme braseiro! As faúlhas incandescentes pareciam um repuxo de fogo na escuridão da noite. O crepitar das madeiras, o ruir dos soalhos, o estilhaçar dos vidros, tornavam a cena ainda mais horrível.
As chamas iam alastrando e já devoravam o quarto pegado ao meu. Afastei-me um pouco para nem ver o fogo consumir o que tinha deixado no meu quarto. Afligia-me, sobretudo, perder os apontamentos, fruto de tantas leituras e de tantos anos de estudo.
Sempre recorri a São José em todas as dificuldades. Também naquele momento me voltei para ele, pedindo-lhe que poupasse às chamas tudo quanto tinha ficado no meu quarto.
Quando, momentos depois, regressei ao local do fogo, vi que os bombeiros, sem que eu lhes tivesse feito qualquer pedido, acabam de mudar a direcção no ataque ao incêndio. Dirigiram as agulhetas precisamente para o meu quarto e com tão bom resultado, que conseguiram livrá-lo das chamas.
Quando, após o fogo, fui ver o meu quarto, pude sentir, ainda mais, a especial protecção de São José. Tinha ardido a porta, mas o quarto estava intacto, embora enegrecido pelo fumo. Tudo o resto se encontrava em bom estado, como eu tinha pedido a São José. Nada havia ardido.
Muitos dos meus companheiros, a começar pelo que vivia junto de mim, ficaram com os quartos inteiramente carbonizados.
Recordei então o que escreveu Santa Teresa de Jesus:
"Tomei por meu advogado e senhor o glorioso São José...Não me lembro de até agora lhe ter pedido coisa alguma, que ma deixasse de fazer. São espantosas as graças e mercês que Deus me concedeu por meio deste bem-aventurado santo, os perigos de que me livrou, tanto da alma como do corpo. Aos outros santos parece que lhes deu o Senhor a graça para socorrer nalguma necessidade particular; deste glorioso santo sei, por experiência, que socorre em todas".
(Texto publicado na Revista Cruzada de Março de 2014)
São José é mesmo poderosíssimo em diferentes aspectos. Sou testemunha viva de várias gracas e milagres por sua intercessão. Ele é meu santo protetor e também meu pai adotivo. Salve São José! Valei-nos sempre! Amém!
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