No Convento de San Paolo das Irmãs Clarissas, na Toscana (VT), no ano de 1871, uma religiosa chamada Sor Maria Geltrude di Gesú Nazareno encontrava-se doente desde havia 3 anos, com um cancer considerado incurável. Imobilizada na cama, na manhã de 8 de Março, enquanto a comunidade religiosa participava na Santa Missa, a freira doente viu entrar na sua cela um homem. Estranhou pois a Regra do Convento dizia que um homem podia visitar acompanhado de uma outra Irmã, mas não sozinho, como agora sucedia.
A Irmã Geltrude perguntou quem era e o homem respondeu: "Sou o carpinteiro deste convento", e puxando uma cadeira (que vemos na foto) sentou-se ao lado da cama da doente. Então o homem perguntou à doente sobre o seu estado de saúde e a freira respondeu: "Dizem que tenho uma doença grave e que nada se pode fazer". Nisto o carpinteiro recomendou: "Confie em Deus" e pondo-se de pé saiu, tão silencioso como tinha entrado.
Enquanto conversava com ele a Irmã observou (como ela mesma declarou mais tarde) que o homem tinha olhos belos e as mãos tão brancas e delicadas que não pareciam as mãos de um carpinteiro.
No final da Santa Missa, a Irmã enfermeira regressou ao quarto e para sua surpresa viu a cadeira fora do lugar. Enquanto a recolocava perguntou quem a tinha deixado ali no meio, pois ela mesma, antes da Santa Missa, tinha deixado tudo em ordem. A freira doente respondeu: "Foi o carpinteiro do convento que acaba de sair". "O carpinteiro?!" perguntou e enfermeira espantada. "Mas ninguém pode ter entrado, a Madre Abadessa tem as chaves do convento". A doente respondeu: "Sim, ele sentou-se aqui e também me disse para confiar em Deus."...
Ao ouvir isto a freira enfermeira saiu a correr para procurar a Madre Abadessa, convencida que a doente estava a delirar.
Houve então grande agitação e nervosismo entre as freiras porque ninguém conseguia entender quem poderia ser o misterioso carpinteiro ou como podia ter entrado no convento.
A Abadessa sabia que a freira doente era muito devota de São José e que desde o inicio da doença rezava ao santo para que a curasse no dia de uma das suas festas.
Então, com muita fé, pegou nas duas cadeiras no quarto da doente, ajoelhou-se e começou a rezar: "São José, se realmente fostes vós quem veio esta manhã, fazei-me saber em que cadeira vos sentastes". Então uma cadeira moveu-se sem que ninguém lhe tocasse.
A Madre, seguida por todas as freiras, abraçou a cadeira, tremendo e chorando, e agradeceu a Deus por se ter dignado conceder à comunidade tão grande graça.
A freira que estava doente curou-se milagrosamente e viveu em excelente saúde, numa vida de oração e simplicidade. Faleceu de velhice a 1 de Abril de 1920, Quinta-feira Santa, aos 81 anos de idade.
São José, a quem Jesus tudo concede, rogai por nós.