Que é um Patrono?
A etimologia da palavra o está dizendo: é pai, isto é, o que exerce a missão de pai e protege como um pai protege e ampara o filho.
No sentido litúrgico, chama-se Patrono aquele que intercede ou pede por outro.
Jesus Cristo é o Patrono por excelência, o Mediador necessário único: um é o Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, que se entregou em redenção por nós.
O Patrocínio de Jesus, porém, não exclui o dos Santos, e ao invés, este recebe daquele toda a virtude e poder. Maria sendo nossa corredentora, e Mãe de Jesus, é a Mediadora universal de todas as graças. Tudo nos vem de Jesus por Maria. E pelos méritos do Sangue de Jesus, pelos méritos de Maria Mediadora de todas as graças somos salvos. Pois Jesus e Maria, unidos na terra e no céu a S. José, fizeram ao seu Pai e Esposo participante em grau mais elevado que todos os santos, do poder de intercessão e de proteção sobre os homens remidos.
Santo Tomás de Aquino nos dá a grande razão do Patrocínio de S. José; “Quanto mais perfeitos na caridade são os santos que reinam no Céu, tanto mais oram pelos homens e os podem socorrer”
É o grande princípio. Ora, quem depois de Maria amou a Jesus Cristo mais que o santo Patriarca? Não há, pois, e não é possível que exista maior nem mais eficaz Patrono que S. José.
Jesus, Patrono ou Mediador necessário.
Maria, Patrona ou Mediadora universal.
Ninguém irá a Deus nem se salvará a não ser por Maria.
José, Patrono e Mediador de todas as graças que nos veem pelos méritos da Redenção: o tesoureiro das graças que do Céu nos chegam pelas mãos de Maria.
Eis aí o lugar privilegiado de S. José como nosso Patrono.
São as razões, fundamentais do Patrocínio de S. José.
Se nenhum eleito o avantaja em santidade e perfeição, se mereceu a honra de proteger o Verbo Encarnado, é o Patrono da obra de Jesus Cristo, a Santa Igreja.
O seu Patrocínio é o mais poderoso, o mais eficaz e o mais benéfico.
As razões que teve a Igreja, disse Leão XIII, para proclamar a S. José seu especial Patrono e confiar tanto na valiosa proteção do grande santo, não são outras senão as dos títulos singulares que ele possuiu de Esposo de Maria e Pai adotivo de Jesus.
A José do Egito diz o Faraó, proclamando-o Vice-rei: “Governarás minha casa e ao império da tua voz todo o meu povo te obedecerá”. “Ide a José e fazei o que ele vos disser”.
O Rei dos Céus não deu menor poder ao novo José, Esposo de Maria.
Ite ad Joseph é o que nos repete a Igreja, dando-nos como Patrono S. José.
Em 1869, setecentos e setenta e sete Bispos, seis mil sacerdotes, por ocasião do Concílio do Vaticano, pedem ao Santo Padre Pio IX, a aclamação solene e oficial do Patrocínio de S. José sobre a Igreja Universal.
Em 8 de dezembro de 1870 a Suplica é ouvida. O Pontífice da Imaculada Conceição e da Infalibilidade Pontifícia declara solenemente a S. José Patrono da Igreja Universal.
Pe. Ascânio Brandão
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