São José em nossa agonia

São José é o patrono da boa morte. Os seus devotos têm a felicidade e o privilégio da graça da perseverança final. É crença nossa que os santos do céu na glória e na plenitude da caridade, têm um zelo especial para nos obter aqui na terra as mesmas graças que eles mais alcançaram quando viviam no exílio. Assim recorremos a Santo Afonso pedindo uma devoção ardente a Maria Santíssima, a São Tomás de Aquino a ciência das coisas de Deus, a Santa Teresa e Santa Teresinha do Menino Jesus, o amor de Deus, e assim invocamos os santos pelo que mais se empenharam e sofreram na terra, assim nos valham no céu. Ora, dentre todas as graças e privilégios dos santos, São José obteve um dos maiores: - a morte de amor nos braços de Jesus e Maria. Foi assistido, socorrido e amparado pelo Filho de Deus e pela Mãe de Deus. Pode existir melhor e maior padroeiro para a agonia? A alma cristã não acharia melhor protetor para a hora da morte. Invoquemos sempre estes três nomes benditos, terror do inferno e salvação das almas fiéis: Jesus, Maria e José!

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O Filho de Deus, tendo as chaves do paraíso, deu uma a Maria e outra a José, para que na hora da morte possam introduzir os seus devotos fiéis no lugar do refrigério e da paz. Santa Teresa narra as circunstâncias tocantes da morte de muitas Carmelitas devotas de São José e acrescenta: eu observei nelas, no momento de darem o ultimo suspiro, uma calma, uma tranquilidade inefáveis. Dir-se-ia que entravam em doce êxtase ou no repouso da oração. Nada indicava que alguma tentação lhes perturbasse a paz intima que gozavam.
Era a recompensa dos mais fervorosos devotos de São José, que a Santa conhecera em sua vida.
Um célebre Missionário Marista estava à morte e sorria. Exclamou: - eu sempre tive muito medo da morte. Hoje não. Há dez meses que só penso nela em minhas meditações e há vinte e cinco anos que rezo todos os dias a São José a oração pedindo a graça de uma boa morte. Tenho a certeza que fui ouvido. E expirou placidamente.
Ó, invoquemos com todo o fervor o Padroeiro dos Agonizantes e à hora da morte veremos como ele nos há-de valer!


Pe. Ascânio Brandão 

Oração a São José, modelo e padroeiro dos devotos do Santíssimo Coração de Jesus

Ó! glorioso São José, a bondade
do vosso coração é sem limites e inefável;
generosamente abrem-se as
vossas mãos, ó! nosso amado Pai, aos
dons preciosíssimos da graça celestial,
da qual sois o tesoureiro. Ah!
que nem um só dos vossos servos
possa dizer que vos invocou em vão.
Que todos venham, que todos se
apresentem ante o vosso trono e invoquem
vossa intercessão, a fim de viverem
e morrerem santamente, a vosso
exemplo, nos braços de Jesus e
de Maria Santíssima. Amém.
Ó! São José, modelo e padroeiro
dos devotos do Santíssimo Coração
de Jesus, rogai por nós.


(100 dias de indulgência)

São José e Santa Terezinha

A devoção ao Santo Esposo de Maria era tradição na abençoada família de Santa Terezinha do Menino Jesus. Na "História de uma alma" escreveu a Santa: "Desde a mais tenra idade que em minha alma se confundiam o amor de São José com o da Santíssima Virgem".
Em suas poesias tão belas, ao falar da Sagrada Família de Nazaré, com que ternura recorda a humildade, o amor e a dedicação de São José! Zélia Guerin, a piedosa mãe da Santa, devotíssima do Santo Patriarca, a ele confiava todos os negócios e sofrimentos.
Deu aos filhos, os dois meninos que teve, o nome de São José: José Luís e José João Baptista. Ambos voaram para o céu em tenra idade. A esperança de um filho missionário desvaneceu-se. Todavia, continuaram os piedosos esposos a rezar e Nosso Senhor deu-lhes mais que um simples missionário - a Padroeira de todos os Missionários. Aos 2 de Janeiro de 1873 nasceu em Alençon a Terezinha. Pouco depois do Batismo a pequena definha e parece querer seguir o caminho dos anjinhos já partidos para o céu. O médico aconselha a procurar uma boa e sadia ama de leite como última tentativa. Esta ao chegar encontra a criança em lastimoso estado, e abana a cabeça - Pobrezinha! É tarde demais! Já não há mais remédio...
A pequenina lívida, com sinais de agonia.
Zélia subiu ao segundo andar e recolheu ao quarto. Não lhe sobravam mais forças para assistir à agonia de mais uma filhinha, e em tão pouco tempo. Todavia, não se julgou vencida, e ao contemplar a imagem de São José, seu querido protetor de todas as horas, caiu de joelhos e exclamou cheia de confiança: - Meu querido São José, eu não me dou por vencida! Sois o padroeiro das causas desesperadas, valei-me!
Desce. E que alegria inesperada! A criança toma o peito da ama. A felicidade foi momentânea. São José queria experimentar a confiança da sua serva. A Terezinha, após este sinal de vida, cai desfalecida novamente. Nem um sopro de vida. Zélia, banhada em lágrimas, suspirou resignada: Seja feita a vossa vontade, meu Deus! Meu São José eu vos agradeço a morte suave que permitistes ao meu anjinho!
De súbito, com geral estupefação, Terezinha abre os olhos, reanima-se e sorri para a mãe. A agonizante de há poucos minutos estava salva. São José fez o milagre.

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